Estou de volta do meu exílio na Noruega – único país que me ofereceu refúgio do calor – mas os termômetros continuam no mesmo lugar. A umidade deve estar cerca de 95 (mil) por cento. Os meus desumidificadores japoneses (enfim uma brilhante invenção nipônica) encheram em só dez dias. Se fosse boa em cálculo diria exatamente quantos centímetros cúbicos de água isso representa, mas pra quem gosta de brigadeiro, é mais ou menos meia lata de leite Moça. Ou seja, dá fungo até em cacto.
No avião li um artigo muito interessante no International Herald Tribune. Parece que o livrinho vermelho de Mao foi substituído por outro para as Olimpíadas: um manual de ética e boas maneiras. Muito necessário, devo concordar (ver Ogros e Origamis). Não consigo, entretanto, sequer imaginar o trabalho que vai ter essa Danuza Leão chinesa.
Ética, todos sabem que não é o ponto forte dos chineses. Parece que tem até avião da Embraer falsificado (compraram um e fizeram cem). Má educação, no entanto, não é tão conhecida, já que os chineses, ou devo dizer, as chinesas, sempre passaram uma imagem de delicadas bonecas com palitinhos espetados no cabelo. A realidade é muito diferente. Ainda se vêem os palitos, mas de dentes, em todas as bocas depois das refeições. Danuza, não venha nunca à
Não sei se o livrinho ensina os chineses a respeitar a fila, mas espero que sim. Outro dia cutuquei um que passou na minha frente. Ele foi para trás,
O artigo também falava da mania que os chineses (com exceção de
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