Insônia? Quer pegar no sono? Então não chegue perto do seu computador. E nem pense em entrar no youtube. Se Google pagou tão caro por um site tão... banal, é porque tem coisa "pra caramba" lá dentro.
Claro que como tudo que é aberto ao público, tem muito lixão. Milhões de retardados no mundo inteiro já testaram a fórmula (mentos + coca) = lambança x 2. Tem sempre tambéns uns engraçadinhos que acham que sabem surfar, jogar bola, jogar capoeira, e colocam os vídeos lá. Ninguém merece.
Mas o incrível mesmo é a quantidade de vídeos políticos ou sensíveis que não passariam na televisão aberta na maioria dos países. É um excelente meio de contra-propaganda. Não é de se espantar que países como a China vetem acesso a esses sites.
Em um piscar de olhos encontramos o vídeo dos guardas atirando nos tibetanos que tentam fugir do país. Mas não é só a China que tem que se preocupar. Os vídeos americanos mais votados são contra o Bush. Inclusive recentemente, quando os EUA resolveram acabar com o Habeas Corpus. Autorizaram a tortura. Tem muitos vídeos que o atacam violentamente. Aqui vai um: youtube habeas corpus
Pode-se também assistir aos vídeos do Lula. Mas esses realmente perfiro não ver. Prefiro contar carneirinhos. (Mas quem quiser... clique aqui: collor & lula)
Thursday, October 19, 2006
Sunday, October 15, 2006
Hong Kong Post
Na França existe uma expressão para dizer que uma coisa foi simples - "passou como uma carta no correio". Nunca entendi o porque dessa expressão. Acho o correio francês enroladíssimo, rabugento e inclusive perderam nossos bilhetes para Roland Garros uma vez. Uma confusão para conseguí-los, e certeza que teve um funcionário dos Correios que foi no nosso lugar. Nem reembolsaram. #@#§¬#&% (lê-se como na revista da Mônica).
No Brasil, também nunca tive sorte com os correios. Tem sempre uma fila do cão, gente mal-humorada e as cartas não chegam nunca. Meu marido me mandou uma da Polônia que chegou com seis meses de atraso. De jegue. Só pode. Aliás, o jegue deve ter parado em Fortaleza - para fazer um passeio nas dunas (com emoção ou sem emoção? Com emoção é quando o jegue anda).
Tudo isso para explicar a minha grande surpresa quando recebemos o envelope da foto acima. Em uma semana, fez o trajeto Genebra - Hong Kong. Pela bagatela de 10 reais (olha que era um pacote grande). Além do mais, o envelope veio empacotado, selado, com um pedido de desculpas - por causa da chuva o envelope rasgou. Se fosse no Brasil, meu envelope teria deixado um rastro pela cidade, igual Joãozinho e Maria. Ou como quando cheguei uma vez no aeroporto em Brasília e o carregador de malas jogou a minha com tanta força no tapete que a coitada abriu... E tive lá eu seguir o rastro para catar meias, suitãs e calcinhas esparramados no tapete. Vergonha? Imaginem!
Quanto à expressão francesa... deve ter sido traduzida do cantonês.
No Brasil, também nunca tive sorte com os correios. Tem sempre uma fila do cão, gente mal-humorada e as cartas não chegam nunca. Meu marido me mandou uma da Polônia que chegou com seis meses de atraso. De jegue. Só pode. Aliás, o jegue deve ter parado em Fortaleza - para fazer um passeio nas dunas (com emoção ou sem emoção? Com emoção é quando o jegue anda).
Tudo isso para explicar a minha grande surpresa quando recebemos o envelope da foto acima. Em uma semana, fez o trajeto Genebra - Hong Kong. Pela bagatela de 10 reais (olha que era um pacote grande). Além do mais, o envelope veio empacotado, selado, com um pedido de desculpas - por causa da chuva o envelope rasgou. Se fosse no Brasil, meu envelope teria deixado um rastro pela cidade, igual Joãozinho e Maria. Ou como quando cheguei uma vez no aeroporto em Brasília e o carregador de malas jogou a minha com tanta força no tapete que a coitada abriu... E tive lá eu seguir o rastro para catar meias, suitãs e calcinhas esparramados no tapete. Vergonha? Imaginem!
Quanto à expressão francesa... deve ter sido traduzida do cantonês.
Saturday, October 07, 2006
Moon (cake) festival
A lua ontem parecia saber que a festa era toda dela. Noite clara, 25 graus, nenhuma estrela no céu, só a lua, grande e reluzente. A praia, os parques e todos os espaços abertos de Hong Kong invadidos por famílias com lanternas e mooncakes. A sensação era como um déjeuner sur l'herbe, chinês, à noite.
O festival é comemorado em toda a Ásia, mas na China é coisa séria. Hong Kong, Taiwan e Macau não são exceções. Pena que estive trabalhando tanto essas semanas que não escrevi sobre a vontade que eu estava de experimentar o famoso "mooncake". O bolinho fabricado para comemorar o festival da lua.
Esses bolinhos são um fenômeno de vendas, e no escritório eu os via passar todos os dias, em caixas de todos formatos, cestas, etc. Imaginem a loucura de ovos de páscoa no Brasil misturado com comemorações de Natal. O mooncake é mais o isso. Patrões dão mooncakes a seus empregados, empresas aos seus clientes, amigos e família também trocam os bolinhos.
Em Hong Kong, não há nada que ilustre mais a divisão da sociedade local com os "expatriados" que o gosto pelos mooncakes. De um lado, os hongkonguinos (até hoje não descobri como se chamam se diz - só achei na internet um portuga perguntando como chamam os "gajos" de Hong Kong) que esperam o festival o ano inteiro e de outro os expatriados que dizem que o bolinho é horrível.
Anteontem chegou a minha hora de descobrir. Ganhei duas caixas de mooncake do Starbucks (nota, dá azar comprá-los... então tive que esperar pacientemente uma caridade alheia). Voltei no micro-ônibus me achando local, com a minha caixa de mooncakes "que nem" meus camaradas. Depois do jantar, tan-tan-tan, cortei meu mooncake. Não achei bom, nem ruim. É super esquisito, claro, uma pasta de lótus com uma gema de ovo de pato cozida no meio... não é coisa que se coma todo dia. Meu marido não quis nem saber, ele faz parte dos que consideram o bolinho execrável.
Meu erro, no entanto, foi dizer no escritório, no dia seguinte, que eu não tinha achado ruim. Que alegria. As secretárias me entupiram de bolinhos: de lótus, de pasta de feijão, com gosto de jasmim, osmantus, e não sei mais o que. Apesar da agradável caminhada ontem sob a lua, ainda estou aqui tentando digerir...
O festival é comemorado em toda a Ásia, mas na China é coisa séria. Hong Kong, Taiwan e Macau não são exceções. Pena que estive trabalhando tanto essas semanas que não escrevi sobre a vontade que eu estava de experimentar o famoso "mooncake". O bolinho fabricado para comemorar o festival da lua.
Esses bolinhos são um fenômeno de vendas, e no escritório eu os via passar todos os dias, em caixas de todos formatos, cestas, etc. Imaginem a loucura de ovos de páscoa no Brasil misturado com comemorações de Natal. O mooncake é mais o isso. Patrões dão mooncakes a seus empregados, empresas aos seus clientes, amigos e família também trocam os bolinhos.
Em Hong Kong, não há nada que ilustre mais a divisão da sociedade local com os "expatriados" que o gosto pelos mooncakes. De um lado, os hongkonguinos (até hoje não descobri como se chamam se diz - só achei na internet um portuga perguntando como chamam os "gajos" de Hong Kong) que esperam o festival o ano inteiro e de outro os expatriados que dizem que o bolinho é horrível.
Anteontem chegou a minha hora de descobrir. Ganhei duas caixas de mooncake do Starbucks (nota, dá azar comprá-los... então tive que esperar pacientemente uma caridade alheia). Voltei no micro-ônibus me achando local, com a minha caixa de mooncakes "que nem" meus camaradas. Depois do jantar, tan-tan-tan, cortei meu mooncake. Não achei bom, nem ruim. É super esquisito, claro, uma pasta de lótus com uma gema de ovo de pato cozida no meio... não é coisa que se coma todo dia. Meu marido não quis nem saber, ele faz parte dos que consideram o bolinho execrável.
Meu erro, no entanto, foi dizer no escritório, no dia seguinte, que eu não tinha achado ruim. Que alegria. As secretárias me entupiram de bolinhos: de lótus, de pasta de feijão, com gosto de jasmim, osmantus, e não sei mais o que. Apesar da agradável caminhada ontem sob a lua, ainda estou aqui tentando digerir...
Monday, October 02, 2006
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